O encontro, que ocorreu de forma virtual, contou também com representantes da Fundação Gaúcha e Trabalho de Ação Social (FGTAS), ligada ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), Maurício Adamatti e Luiz Caetano, do coordenador da Assessoria Especial de Fomento a Empregabilidade e Combate ao Desemprego da FGTAS, Everaldo Ramos, da diretora de Proteção Social da Secretaria de Segurança, Dra. Suely Rech, e da titular da Coordenadoria Municipal da Mulher de Caxias do Sul, Tamyris Padilha.
Conforme Luiz Caetano, é preciso aprimorar as políticas públicas para mulheres que sofrem violência doméstica. Ele também destacou que é fundamental a conscientização das empresas para que tenham o entendimento da rede de proteção feminina.
“A gente percebe que muitas mulheres enxergam o trabalho como uma válvula de escape, diante do ambiente agressivo, que enfrentam em casa. Além de conseguir autonomia financeira e social, no trabalho, elas poderão ter um ambiente adequado para realizar as denúncias. Esse ciclo de violência é perpetuado pelas dependências, principalmente financeira,” destacou Caetano.
Para Tatiane Frizzo, as mulheres precisam ter autonomia financeira, para que possam sair do ciclo de violência doméstica. A vereadora ainda indicou soluções para incentivo ao emprego para opúblico feminino.
“Ouço relatos de mulheres que enfrentam dificuldades, em relação à violência doméstica. Muitoscompanheirosainda são provedoresfinanceirosda família. Muitas vezes, elas não conseguem creches para as crianças, isso também se torna um problema. Precisamos colocar essas mulheres no mercado de trabalho e ajudar a quebrar o ciclo da violência doméstica. Temos 250 boletins de ocorrência policial, por mês, em média, em Caxias do Sul, relacionados à violência contra às mulheres. Durante a pandemia, elas enfrentaram inúmeras dificuldades, porque ficaram mais tempo em casa com o agressor e também tiveram mais dificuldades de acessar serviços. É necessário pensarmos em projetospara auxiliar essas mulheres, por meio de cursos de capacitação ou com empresas parceiras, que possam acolher essas mulheres. Eu tenho certeza que elasirãovalorizar essas oportunidades. Muitas não possuem conhecimento exigido pelo mercado. Sabemos também que as vagas de emprego exigem qualificação técnica,” pontuou a parlamentar.
De acordo com a titular da coordenadoria da mulher, a proposta de incentivar a qualificaçãotécnica das vítimas de violência doméstica também deve ter envolvimento daSecretaria do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego. Tamyris Padilha ainda ressaltou que o ciclo de violência pode ser rompido por meio da formalidade do emprego.
“Só o mercado de trabalho formal tem esse condão de, realmente, mudar a realidade das mulheres. A partir do momento que elas estão no ambiente profissional, que possuem carteira assinada, com seus direitos suportados pela legislação, as mulheres conseguirão, de fato, transcender o ciclo da violência,” enfatizou.
O coordenador da Assessoria Especial de Fomento a Empregabilidade e Combate ao Desemprego da FGTAS colocou a entidade à disposição dos participantes, a fim de auxiliar na demanda. Everaldo Ramos ainda recordou que há legislação em outros municípios que tratam do tema.
“Para fomentar a empregabilidade, atuamos por meio de parcerias com prefeituras e legislativos. Uma alternativaé assegurar essas iniciativas por meio de projetos de leis. O temaviolência domésticadeve sobrepor ao interesse político, deve ser encarado como interesse público,” reforçou o coordenador.
Além de Tatiane Frizzo, participaram da reunião as vereadoras Gladis Frizzo/MDB e Marisol Santos/PSDB. As vereadoras Denise Pessôa/PT, presidente da PEM, e Estela Balardin/PT, foram representadas pelas assessoras, Loreti Bridi e Janine Debiasi, respectivamente.
Foto: Bruna Giusti
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