A 4ª edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi realizada na manhã deste domingo, 05, na área central de Caxias do Sul.
A iniciativa integrou os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” – uma campanha internacional de combate à violência contra as mulheres e meninas, que consiste numa mobilização global da sociedade civil em torno desse propósito.
A atividade teve início no Largo da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e percorreu da Rua Alfredo Chaves, passando pelo Julio de Castilhos até a Praça Dante Alighieri, seguindo até o Parque dos Macaquinhos. O evento foi organizado pelo Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Caxias do Sul.
O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, alinhado à iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que este ano completa três décadas de mobilização internacional, convocou toda a sociedade a se unir por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra mulheres e meninas.
A caminhada ocorreu em vários pontos do país, como também no exterior com ações alusivas ao tema. Ao todo, mais de 40 cidades participaram da grande mobilização reunindo milhares de pessoas que saíram às ruas vestindo laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Em Caxias do Sul, a organização foi sob o comando das líderes do Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Caxias do Sul Celiz G. Frizzo, Júlia Bertoluci e Andrea Varaschin Webber, do Comitê de Combate à Violência Contra a Mulher, coordenado por Tamyris Padilha e Suzane Dillenburg e das integrantes do Comitê de Comunicação, Daniela Lucchese, Catiane Zanotto, Alessandra Muraro, Débora Freitas, Sheila Quintanilha Notti e Liliane Giordano.
Também foram entregues máscaras, balões, cartazes e faixas. Ao final da caminhada, no Parque dos Macaquinhos, a cantora Nicole Mottin fez um pocket show para os participantes. Não foi permitida manifestações partidárias.
Violência doméstica – uma pandemia dentro da pandemia
As estatísticas da violência contra as mulheres são alarmantes. Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência ao longo da vida, apenas por causa de seu gênero. A violência de gênero é considerada pela organização uma pandemia global.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o início da pandemia trouxe uma situação dramática para as mulheres que ficaram confinadas em casa com seus agressores: os números de denúncias diminuíram. Isto significa que as mulheres não conseguiam pedir ajuda, apesar do aumento considerável dos casos de violência doméstica. Dados do órgão revelam que em 2020 foram registrados 1350 feminicídios no Brasil, um caso a cada seis horas e meia.
Segundo o Ministério da Família, houve um crescimento de 6% para os casos de feminicídios, e de 34% para denúncias do canal 180, neste último ano, comparado com o mesmo período do ano passado.
Foto: Douglas Barreto
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