O rombo no banco PanAmericano e na empresa de cartão de crédito do Grupo Silvio Santos pode ser maior do que os R$ 2,5 bilhões informados até agora, informa reportagem de Érica Fraga e Mario Cesar Carvalho na Folha desta segunda-feira.
A cifra é resultado da soma de um buraco de R$ 2,1 bilhões em operações de crédito do banco e de R$ 400 milhões na área de cartões.
Mas a informação de que há um rombo dessa magnitude nas operações de cartão de crédito foi passada ao Banco Central pelos próprios dirigentes da holding do apresentador, segundo a Folha apurou.
Como R$ 400 milhões é uma estimativa dos dirigentes do grupo de quanto seria necessário para cobrir "potenciais problemas" com cartões e não foi determinado por fiscalização ou auditoria externa, há risco de que seja impreciso.
O que significa que o rombo total pode ser maior que os R$ 2,5 bilhões reportados, segundo a Folha apurou.
De acordo com auditores do BC, as informações declaradas pelo grupo em relação ao rombo na empresa de cartões de crédito ainda não foram conferidas.
Uma autoridade envolvida na fiscalização do PanAmericano disse à Folha que o tamanho exato do rombo só vai ficar claro à medida que avance o trabalho de escrutínio nas contas da empresa de cartões do grupo --e do próprio banco-- tocado até agora principalmente pela nova diretoria.
A suspeita maior é de que os problemas na empresa de cartão de crédito sejam de natureza parecida com o que ocorria nas operações de empréstimo do banco: valores a ser recebidos de clientes no futuro eram inflados nos balanços, aumentando artificialmente o resultado. Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário