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segunda-feira, julho 12, 2021

Entidades buscam apoio para transformar projeto pontual em permanente, em Caxias do Sul

Foto: Daniel Corrêa

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, reuniu-se na tarde de segunda-feira (12.07) com representantes da Pastoral das Pessoas em Situação de Rua para avaliar alternativas que garantam espaço físico permanente ao projeto Hospedagem Solidária. Realizado desde 2018, o projeto garante, durante o inverno, abrigo noturno e refeições, além de higienização, máscaras novas e chinelos de dedos para pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade.

A entidade assistencial foi representada por Terezinha Mandelli e Claudemir Giazzon, acompanhados pelos padres Leonardo Inácio Pereira, vigário-geral da Diocese e pároco de São Pelegrino, e Daniel D’Agnoluzzo Zatti, da igreja de Nossa Senhora de Lourdes, que neste ano cedeu instalações para a realização do projeto, que tem capacidade para atender 35 pessoas. A reunião ainda contou com as presenças da presidente da Fundação de Assistência Social, Katiane Boschetti da Silveira; da secretária de Governo, Grégora Fortuna dos Passos; e do vereador Rafael Bueno (PDT).

Terezinha Mandelli manifestou a preocupação de que o projeto possa vir a ser prejudicado caso não se encontre um espaço físico permanente. O primeiro movimento será dar continuidade a uma negociação com o INSS para cessão de uso, diretamente à Mitra Diocesana, do prédio localizado na Avenida da Vindima, junto ao Parque dos Macaquinhos. O prefeito assumiu compromisso de atuar politicamente em torno deste pedido, bem como de avaliar outras alternativas, caso esta se torne inviável.

Para Adiló, é fundamental esta atuação conjunta para dar dignidade a estas pessoas. “Elas precisam de acolhimento, disciplina e inserção social, o que inclui colocação no mercado de trabalho. E o Município necessita da colaboração para resolver este problema humanitário”, ressaltou.

Outra demanda da Mitra Diocesana é por um espaço para acolhimento de moradores de outros municípios que vêm à Caxias visitar ou acompanhar parentes hospitalizados e não tem onde ficar. O padre Leonardo, capelão do Hospital Geral, revela que está também é uma situação grave, que precisa da atenção urgente.

A presidente da FAS expôs o mais recente projeto, chamado Todos na Mesa, que busca mudar um hábito cultural de fornecer marmitas para as pessoas que vivem nas ruas. A intenção é que este público seja levado para o interior de espaços comunitários, onde não apenas recebam refeições, mas também tenham acesso ao atendimento das demandas nas demais áreas que necessitam de intervenção ou participação da assistência social.

Atualmente, o Município conta com três casas de abrigo, onde estão cerca de 140 pessoas, mas não nos moldes do Hospedagem Solidária. De acordo com Katiane, no inverno, as estruturas não conseguem atender a demanda, que vem crescendo, especialmente pela chegada de pessoas refugiadas.

Segundo dados da Pastoral, cerca de 600 pessoas vivem nas ruas, mas nem todas querem ser acolhidas em razão de vinculações com desestruturação familiar, distúrbios mentais e envolvimento com drogas e alcoolismo. O projeto Hospedagem Solidária funciona a partir de 84 pessoas que se dividem em 14 equipes.

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