Ele não tem a mesma fama de Ian Gillan ou de David Coverdale, mas seus mais de 30 anos de carreira prestados ao hard rock incluem passagens pelo Deep Purple, Rainbow e Yngwie Malmsteen. Joe Lynn Turner, músico que esteve à frente do Purple um dos vértices do rock pesado dos anos 1970 ao lado de Led Zeppelin e Black Sabbath entre 1990 e 1993, grava hoje, em Caxias, o clipe da música Blood Red Sky, de seu mais recente disco, Second Hand Life (2007).
A relação deste americano de 58 anos com a cidade começou no ano passado. Na época, Turner excursionava pelo Brasil e conheceu o trabalho da banda caxiense Apocalypse.
– O Joe gostou muito de nosso trabalho e da forma que o direcionamos. Prometeu que, quando voltasse ao Brasil, nos procuraria para concretizar o plano (o clipe). Dito e feito – vibra Ruy Fritsch, guitarrista do Apocalypse e proprietário da Moving!, produtora responsável pela gravação do vídeo.
Blood Red Sky, que também dá nome à turnê do cantor que passa por Porto Alegre depois de amanhã, terá um roteiro baseado na letra da canção, que fala sobre o destino de dois amantes.
– É uma história de sentimentos fortes e um tanto triste – antecipa Fritsch.
As locações serão no castelo Château Lacave, prédio inspirado numa construção medieval espanhola, cenário escolhido pelo própprio Turner após a Moving! apresentar várias opções para a gravação. O clipe deve ser gravado em duas partes: primeiro, os músicos da banda serão filmados dentro do castelo e, em junho, atores irão interpretar a trajetória de um amor impossível. Ainda não há data definida para o lançamento.
As gravações não serão abertas ao público. Entre preparação e filmagens, 12 horas de trabalho a partir da madrugada de hoje devem ser consumidas pela equipe da Moving!.
Via e-mail, Turner conversou com o Pioneiro. Confira:
Pioneiro: Por que você escolheu Caxias do Sul para gravar o clipe?
Joe Lynn Turner: Estou ansioso para gravar meu novo clipe em Caxias, eu absolutamente amo o Brasil e, no ano passado, eu excursionei extensivamente aí. Realizei 19 shows desde julho do ano passado. Então, trabalhar com a Moving! me faz sentir adequado para continuar meu trabalho aí.
Pioneiro: O que você conhece da música brasileira? Gosta de alguma coisa?
Turner: Meu gênero favorito da música brasileira sempre foi a bossa nova. Eu adoro relaxar com bossa nova e simplesmente amo a escrita e a musicalidade de Tom Jobim, Stan Getz, João Gilberto e os outros pioneiros da bossa nova.
Pioneiro: O que você gosta de ouvir atualmente no mundo do rock?
Turner: Eu gosto de um monte de música diferente. Ter boa melodia sempre foi importante para mim. Eu gosto de tudo, de Maroon 5 a The Killers e dos artistas clássicos.
Pioneiro: O que foi melhor na sua carreira, tocar com o Rainbow ou com o Deep Purple?
Turner: O Rainbow foi surpreendente para mim, foi minha primeira experiência em turnê internacional, gravando com músicos de classe mundial e com grande orçamento para fazer discos. Um sonho que virou realidade. O Deep Purple foi incrível, minha banda favorita de todos os tempo, ficando de um a dois anos em turnê. Eu gostei muito das duas experiências por razões diferentes.
Fonte: Pioneiro
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