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sexta-feira, agosto 27, 2010

O fim do Jornal do Brasil

Um dos momentos mais tristes da imprensa brasileira acontece a partir do dia 1º de setembro, com o fim da circulação do periódico carioca Jornal do Brasil.

O jornal que havia publicado um comunicado no dia 14 de julho sobre o encerramento do veículo impresso, vai permancer apenas no digital, após anos de muita hustórias e recentes dificuldades financeiras, sob a administração do empresário Nelson Tanure, que é arrendatário da marca JB.

De acordo com a apuração da Folha a migração vai provocar corte de pessoal. O "JB" tem 180 funcionários, 60 dos quais na Redação.

O jornal tinha uma circulação diária de 76 mil exemplares quando passou para Tanure. Em 2003, iniciou um caminho de recuperação, chegando a 100 mil exemplares em 2007, para novamente entrar em rota de queda.

Em março deste ano, quando a circulação estava em 20.941 exemplares, Tanure contratou Pedro Grossi Jr. para administrar o jornal.

O fim do "JB" impresso será também o fim da experiência de Nelson Tanure como empresário de mídia. Ele disse à Folha que não quer mais atuar nesse setor e que vai se concentrar em telecomunicações.

Ele tem 5,15% da TIM Participações (subsidiária da Telecom Italia, que atua em telefonia celular, telefonia fixa local e de longa distância).

Tanure só acumulou fracassos em suas incursões na mídia. Em 2002, comprou os direitos de publicação da revista "Forbes", no Brasil. Um ano depois, a "Forbes" rompeu o contrato.

Em 2003, arrendou o jornal econômico "Gazeta Mercantil", que, como o JB, acumulava grande passivo. O jornal deixou de funcionar no ano passado, e a marca foi devolvida ao antigo dono.

Em 2007, Tanure lançou a JBTV, que durou seis meses. Ainda arrendou a Editora Peixes, que também voltou para os antigos donos. Ele diz que perdeu todo o investimento que fez no "JB".

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