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sábado, setembro 11, 2010

Profissional de Assessoria: Luiz Erbes

Luiz Erbes, formado em jornalismo pela UFRGS em 1991, é ex assessor de comunicação da Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul (SER Caxias). Trabalhou nos jornais NH (um ano e sete meses), Pioneiro (12 anos e quatro meses). Em 2006, após sair do Pioneiro, começou a trabalhar com assessoria de imprensa, inicialmente com o deputado Wilson Cignachi (de Farroupilha), depois na Codeca e até recentemente no Caxias.

Com o horário sempre flexível, o seu dia-a-dia na assessoria na SER Caxias variava, buscando se adaptar para não ficar só em função do clube. Erbes, acompanhava os treinos e as entrevistas antes ou após o treino, escrevia os releases, enviava à mídia e atualizava o site.

Em dia de jogo, o envolvimento era maior. Ele chegava cedo no Estádio Centenário, preparava o press-kit ("normalmente só falta imprimir") e o credenciamento, acompanhava o jogo, conduzia as entrevistas pós-jogo, fazia o material e atualizava o site e também acompanhava o clube nos jogos fora de casa.

As tarefas do assessor Luis Erbes, são de orientação para entrevistas, redação de releases, gravação de áudio para o site e fotografia (para o site e para envio para a mídia).

Conforme Erbes, sempre é difícil de mensurar resultados na área, mas crê que o saldo é bastante positivo. Desde que entrou no time grená, conseguiu melhorar o relacionamento com a mídia e obter uma abordagem mais positiva do dia-a-dia do clube. Também tem tido um ótimo retorno na produção de imagens e volta e meia a assessoria consegue a publicação de fotos em jornais (como Pioneiro, Correio do Povo...), o que torna sempre positivo para ambos.

O seu relacionamento com a mídia era bom. Procurava atender as demandas, mas, por vezes, é preciso dizer não. Quando tinha entrado no clube há um ano, o relacionamento era bem mais tumultuado, mas conseguiu mudar a relação. De acordo com Erbes, ele não tem queixas da mídia - pelo contrário.

Segundo Luis Erbes, o relacionamento com o assessorado também é bom, mas por vezes há um ou outro conflito. No geral, ele conseguia ser ouvido - e isso é importante. Caso contrário, não adiante ser assessor de imprensa, conta Erbes. “Você só vai conseguir enviar release aprovado pelo diretor.” explica.

As maiores dificuldades encontradas na assessoria é conciliar, muitas vezes, o interesse do assessorado e da mídia. E lidar com a falta de infraestrutura.

Para Erbes, o trabalho de assessoria de imprensa ainda precisa ganhar espaço dentro das empresas, a ponto de ter poder de influência e conseguir realizar um trabalho mais direto junto aos gestores e, assim, participar da definição de estratégias de comunicação. “Hoje, as assessorias produzem muito conteúdo, mas tem pouco poder de influência junto aos assessorados - e isso é primordial para realizarmos um trabalho mais efetivo.”

Conforme Erbes, houve melhoras grandes nos últimos anos, com um profissionalismo maior na área. “Temos hoje bons profissionais realizando um ótimo trabalho e conseguindo um belo retorno para os seus assessorados. Além disso, mais empresas começam a estruturar departamentos de Assessoria de Comunicação, aumentando a infraestrutura e, dessa forma, realizando um trabalho melhor.”

De acordo com o jornalista Luis Erbes ele gosta de trabalhar em assessoria e por conta do mercado, escolheu trabalhar nesta profissão. Para Erbes, trabalhar em assessoria é legal, por vezes bem menos estressante do que estar numa redação.

Segundo o jornalista, tem uma concorrência tímida na área de jornalismo na cidade, o que fragiliza o mercado profissional. “Se eu não tenho um concorrente forte, não preciso investir nos melhores profissionais e pagar mais.” conclui.

Profissionais de Assessoria de Imprensa -> 10/09/2010
Entrevista com Luiz Erbes -> 11/09/2010
Entrevista com Beverli Rocha -> 12/09/2010
Considerações finais -> 13/09/2010

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