Em sua décima temporada, o programa de calouros "American Idol" larga com o desafio de sobreviver à saída de dois jurados que faziam parte do DNA do programa. Na estreia, na última quarta-feira, a resposta do público acendeu o sinal de alerta.
A audiência nos Estados Unidos atingiu 26,1 milhões de telespectadores, 13% a menos do que no primeiro programa de 2010.
Nas redes sociais, circulou a articulação de um boicote pelos fãs de Simon Cowell, um dos criadores da atração e jurado mais severo, que largou o posto este ano.
Além do "carrasco" dos candidatos, o corpo de jurados perdeu também a boazinha da turma, Paula Abdul, que demonstrava um carinho sem fim pelos que se atrevem a cantarolar na TV.
Do júri que consagrou o programa, ficou Randy Jackson, a figura mais anódina. O ex-baixista do grupo de rock de arena Journey é capaz de amar ou detestar um candidato, sem muita convicção em qualquer alternativa.
A cantora latina Jennifer Lopez entrou no lugar de Paula e logo de cara assumiu sem problemas o papel da madrinha legal da rapaziada. E vai ter de se acostumar a decepcionar as pessoas.
O primeiro "não" a sair de sua boca foi quase um parto.
O momento enternecedor do primeiro episódio foi protagonizado pela candidata fã de Jennifer que simplesmente não conseguia olhar para sua diva. Quando olhou, desabou em lágrimas. Ganhou abraços da musa, uma segunda chance para cantar e, por fim, a vaga na fase seguinte do programa.
vida para os candidatos parece mais fácil. Steven Tyler, cantor do Aerosmith, definitivamente não está lá para ser o novo Simon. Faz o papel inverso: quando gosta de um candidato, bate palmas, grita, canta junto.
Quando reprova, pode até fazer alguma piada com o sujeito, mas muito longe da crueldade que transformou Simon no vilão favorito de muitos e muitos fãs.
Randy Jackson, com tantos anos no programa, fica mais à vontade para rir e debochar dos candidatos que vão mal. E teve pouca chance de fazer isso na estreia.
Houve uma porcentagem maior de bons candidatos na edição final. Claro que o bloco dos desprovidos de talento e noção teve momentos engraçados, mas ainda não surgiu aquele tipo que faz todos caírem na gargalhada.
"American Idol" sofreu outra mudança: entrou definitivamente na era dos "candidatos profissionais".
Depois de nove anos no ar, a lista de pessoas que se deram bem no programa já apresenta alguns tipos recorrentes --o rapaz tímido, o bluesman, a loira country, o chicano divertido, a negra gorda que arrasa no coro da igreja, quem quer fazer sucesso por causa do filho pequeno ou da mãe doente... Tudo parece requentado.
A originalidade virou artigo raro no "American Idol", mais light em sua largada. Se o público reprovar, Steven Tyler pode passar para o lado escuro da força rapidinho.
O programa estreia no Brasil, sábado, dia 29/1, às 20h, no canal Sony.
COMO ESTÃO OS CAMPEÕES
2002 - Kelly Clarkson
Estrela teen. Seus quatro CDs foram número um
2003 - Ruben Studdard
Só o primeiro de seus quatro álbuns fez sucesso
2004 - Fantasia Barrino
Tentou se matar e voltou à TV em outro reality
2005 - Carrie Underwood
Virou uma estrela country com três álbuns e quatro prêmios Grammy
2006 - Taylor Hicks
Seu single foi número um. Tem show na TV
2007 - Jordin Sparks
Dois álbuns e três singles entre os 10 mais
2008 - David Cook
Disco de platina na estreia, lança agora novo álbum
2009 - Kris Allen
Foi ofuscado pelo outro finalista, Adam Lambert
2010 - Lee DeWyze
Cantou o hino nacional nas finais da NBA, e foi só Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário