Um parágrafo de oito linhas pode ser a explicação para o fato de jornais gaúchos terem dado pouco destaque – e, antes de tudo, investigado pouco – às negociações entre Ronaldinho Gaúcho e os times brasileiros interessados em contratar o craque, como Coletiva.net apontou na quinta-feira passada, 6. O parágrafo foi publicado na edição de hoje do caderno ZH Esportes, de Zero Hora. O texto afirma que dirigentes do Grêmio solicitaram silêncio à imprensa. Tanto o time quanto torcedores e imprensa foram surpreendidos com o desfecho do episódio, que a própria reportagem deixa claro que poderia ter sido antecipado pelos veículos de comunicação.
“Uma providência dos dirigentes do Grêmio foi recorrer a comunicadores pedindo-lhes que tivessem paciência com o andamento da negociação. Não queriam que uma opinião mais apimentada em jornal e rádio pudesse azedar ainda mais o acordo”, registra o parágrafo de reportagem assinada por David Coimbra, Leandro Behs e Luiz Zini Pires, detalhando como ocorreu o fracasso da tentativa de acerto entre o jogador e o time gaúcho.
O texto repercutiu nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, o advogado Marco Antonio Campos reproduziu o trecho da reportagem e afirmou, referindo-se também a editorial publicado no caderno que critica Ronaldinho e o dublê de empresário e irmão, Assis Moreira. “Além do ridículo editorial justificando o linchamento da família Moreira, o jornal publicou algo inédito no jornalismo mundial (...) Omitir opiniões a pedido de dirigentes é jornalismo? O Manual de Redação prevê isto?”, escreveu. Fonte
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