
As medidas foram anunciadas durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira (27) na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. O objetivo era discutir mecanismos para coibir que empresas em nomes de “laranjas” participem das licitações realizadas pelo governo e venham a obter outorgas. “Vamos adotar uma política de austeridade para identificar e coibir esse tipo de prática”, disse Genildo.
No caso das cauções, o secretário explicou que, atualmente, as empresas pagam 50% do valor quando assinam os contratos e os outros 50% são pagos um ano depois. Agora, com a revisão do regulamento da radiodifusão, a ideia é que as empresas paguem 50% no ato de outorga e a segunda parcela seja quitada no ato das assinaturas, após aprovação do Congresso. Genildo Lins destacou que o ministério vem adotando, desde janeiro, a política de não prorrogar os prazos para o pagamento das parcelas. Em vez de prorrogações sucessivas, a outorga será cancelada caso não haja pagamento.
O secretário anunciou ainda que o ministério está preparando um plano para que todas as rádios e TVs do País sejam fiscalizadas no prazo de quatro anos. Além de intensificar a fiscalização, o ministério vai divulgar na internet, no dia 16 de maio, a relação de todas as emissoras outorgadas e seus respectivos sócios. O objetivo é abrir um canal transparente para que a sociedade possa acompanhar os processos e fazer pesquisas. Segundo Genildo Lins, por enquanto será divulgada apenas a listagem. Em dois anos, no entanto, o cidadão terá um sistema totalmente informatizado disponível no site do ministério.
O secretário afirmou que existem, atualmente, 800 processos de licitação suspensos no ministério. A recomendação é que nenhum novo processo licitatório seja aberto enquanto as medidas não forem tomadas. “Nossa meta é garantir que os processos corram com a maior lisura possível”, disse.
No caso de denúncias recebidas quanto a empresas “laranjas”, Genildo destacou que todos os processos já foram encaminhados ao Ministério Público e que já existe uma investigação em curso dentro do próprio ministério para identificar os pontos em que houve falhas. Uma possibilidade levantada durante a audiência pública é que o ministério consulte os dados da empresa junto à Receita Federal antes de conceder a outorga. A proposta será estudada pelo Ministério das Comunicações. Fonte
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