O Grupo RBS deve adquirir a operação do portal iG, controlado pela Oi. Segundo informações obtidas pelo Meio & Mensagem, há um leilão em andamento para efetivar a compra do iG e, entre os interessados, além do Grupo RBS, estão também a Editora Abril e o Yahoo.
Nesta quinta-feira, 13, uma reunião de conselho da Oi deve decidir a venda. O Grupo RBS é o mais cotado para adquirir o iG. O Yahoo que, nos Estados Unidos, tem sido objeto de crescentes investidas agressivas pela Microsoft, que tentou comprar o portal já em 2007, já estaria fora da disputa pelo iG. O que deixa a potencial venda do iG entre o Grupo RBS e a Editora Abril.
Procurado pelo Meio & Mensagem, o presidente do iG, Pedro Ripper, nega a venda. Ripper, além de ser o principal dirigente do iG, é também vice-presidente da Oi da área de inovações, novos negócios, aquisições e fusões. No entanto, Ripper admite que existem várias conversas com o próprio Grupo RBS e outros players.
“Estamos conversando com a RBS e mais dois ou três players. São parcerias que fazem sentido e podem ser para canais (de conteúdo) ou para publicidade”, afirma. O executivo diz que vários players estão fora de escala, ou seja, não têm tamanho para competir com os grandes portais. Ripper prevê um cenário completamente distinto para os portais a médio prazo, entre 12 e 18 meses, com a consolidação dos players.
Procurado para se pronunciar oficialmente sobre a eventual negociação, o Grupo RBS, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que "não está comprando o portal de internet iG.”
E por que faria sentido para a Oi vender o iG, um portal de conteúdo e serviços? Como referência, o Grupo Telefônica controla o portal Terra. Por outro lado, empresas concorrentes da Oi como a própria Telefônica, a Embratel/Claro/Net e a GVT têm investido mais nas ofertas convergentes do que, propriamente, em conteúdo. A Embratel/Claro/Net (controladas pela América Móvil e Telmex, do mexicano Carlos Slim), acaba de lançar um pacote convergente que oferece telefonia fixa e móvel, banda larga fixa e móvel e TV paga. Oferta semelhante tem a Telefônica/Vivo/TVA e a GVT já lançou seu próprio pacote de telefonia fixa e TV paga.
Ou seja, as teles não têm exatamente investido na produção de conteúdo próprio (a não ser a Telefônica, pelo Terra), e sim na sinergia proporcionada pelas redes - as operadoras tanto têm a rede de transporte dos sinais (telefonia, banda larga e TV) quanto as redes de distribuição desses sinais (seja via fio de cobre, fibra óptica ou satélite). Portanto, faz sentido a Oi se desfazer dos ativos do iG que, atualmente, agregam as mais variadas plataformas da operadora, e se dedicar à oferta de telefonia e banda larga (fixa e móvel) e TV paga (por cabo e satélite). Fonte
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