O repórter Luis Carlos Reche da Rádio Guaíba de Porto Alegre fez uma entrevista bombástica com o ex-presidente do Internacional, Vitorio Piffero sobre os problemas que o clube colorado enfrenta para as reformas do estádio, o cartel de empreiteiras e a rivalidade com o Grêmio para o Mundial de 2014.
Segundo Piffero, o Inter tinha recursos para fazer sozinho a reforma do Beira-Rio.
Por que não o fez? Porque a Fifa exigiu garantias bancárias que o Inter não tinha assegurando os recursos para a conclusão da obra.
Piffero afirmou que o Inter tinha dinheiro no banco suficiente para a reforma da arquibancada que hoje está paralisada. De quebra, o Inter corre o risco de ficar fora da Copa das Confederações.
Por que o Inter paralisou as obras? Porque sofreu fogo amigo. Críticas internas ao modelo próprio de reformas. E críticas externas, as da Fifa e da CBF.
Por quê? A Fifa e a CBF queriam impor uma empreiteira do seu cartel, a Andrade Gutierrez. Não interessava à turma da Fifa que o Inter fizesse a reforma por contra própria. A Copa do Mundo precisa dar lucro a um grupo de parceiros. Qualquer coisa fora disso é desautorizada.
O Inter chegou a contratar um executivo, de rápida e apagada passagem pelo Beiro-Rio, cuja missão se resumiu a convencer o atual presidente do Inter a cair no coplo da Andrade Gutierrez. Todos aqueles que criticavam essa decisão boa acima de tudo para a empreiteira foram acusados de atraso e ignorância.
O Inter podia ter feito como o São Paulo: não se submeter. Mas havia duas razões para cair no colo da Andrade Gutierrez: a rivalidade infantil com o Grêmio e o desejo de alguns de fazer a sagrada vontade da CBF e da Fifa.
Na África, já se cogita derrubar alguns dos estádios construídos para a Copa de 2010.
No Brasil, só cartolas, alguns políticos e empreiteiras ganharão com a Copa do Mundo.
O Inter e o Grêmio têm tudo para sair como perdedores. Serão perdedores felizes.
Farão papel de modernos. Moderno é pagar aluguel para morar na própria casa.
É o neoliberalismo da CBF e da Fifa. Um neoliberalismo antigo, o dos negócios bons para alguns e ruins para muitos.
Com informações do Juremir Machado
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