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sábado, janeiro 28, 2012

Ter amigos por perto em momentos difíceis traz benefícios para o cérebro

Foto: Columbia Pictures / Divulgação

A presença do melhor amigo na vida das pessoas é ainda mais importante do que se pensava – especialmente durante experiências negativas.

Um estudo da Universidade de Concordia publicado na revista Developmental Psychology e conduzido com a colaboração de pesquisadores do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati descobriu que uma companhia amiga nessas situações tem um impacto imediato sobre corpo e mente das crianças. Um amigo fiel pode até minimizar os efeitos de um momento ruim.

Isso acontece porque os sentimentos de autoestima e os níveis de cortisol (um hormônio produzido naturalmente pela glândula adrenal em resposta direta ao stress) dependem muito do contexto social de uma experiência negativa. “Se uma criança está sozinha quando entra em apuros com um professor ou tem uma discussão com um colega de classe, vemos um aumento considerável nos níveis de cortisol e diminuição do sentimento de autoestima”, disse William M. Bukowski, coautor do estudo.

Para descobrir isso, 55 meninos e 48 meninas da quinta e sexta séries de escolas locais de Montreal, no Canadá tiveram seus sentimentos e experiências monitorados ao longo de quatro dias. Eles também fizeram testes regulares de saliva para monitorar seus níveis de cortisol.

Já era fato conhecido que as amizades fazem bem para as crianças a longo prazo, mas este estudo prova que a presença de um amigo traz benefícios imediatos em experiências negativas.

O resultado também dá mais uma pista sobre como formamos nossa identidade adulta a partir de experiências infantis. Nossas reações fisiológicas e psicológicas quando somos pequenos causam impactos em nossa vida mais tarde.

O aumento de stress pode realmente retardar o desenvolvimento de uma criança, já que a secreção excessiva de cortisol pode levar a significativas alterações fisiológicas, incluindo a supressão imunológica e diminuição da formação óssea, por exemplo. Nossos sentimentos de autoestima nessa fase interferem muito em como vamos nos ver quando adultos. Sim: mesmo que percamos o contato com o tempo, devemos muito do que somos hoje aos nossos amigos de infância. Fonte

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