Em audiência pública do Legislativo sobre a Codeca, sindicato pede aporte estrutural

Um aporte estrutural, em veículos e maquinários, para a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), foi solicitado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação (Sindilimp), Henrique Silva, em audiência pública do Legislativo caxiense. 

Na tarde desta terça-feira (24/08), no plenário da Casa, a reunião da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, presidida pelo vereador Gilfredo De Camillis/PSB, buscou alternativas para a situação quase falimentar da empresa pública, com prejuízo de R$ 29 milhões, no acumulado até o final de 2020. O vereador Adriano Bressan/PTB, que preside a Frente Parlamentar de Acompanhamento da Codeca, também conduziu os trabalhos de hoje.

Para o presidente do Sindilimp, com melhores condições de trabalho, os funcionários da companhia poderão garantir um serviço de maior qualidade. No momento, só os 98 veículos pesados da frota possuem idade média de 19,4 anos. A frota total soma 205 veículos, de seis marcas e 48 modelos, com idade média de 14,1 anos.

A diretora-presidente da Codeca, Helen Machado, apresentou um diagnóstico das dificuldades financeiras e operacionais, além do próprio déficit. Afirmou que, só em passivos trabalhistas acumulados, os quais comprometem 7% da receita anual, são R$ 352.000 em ações cíveis e R$ 7.845.840 em ações do trabalho.  Hoje, a instituição conta com 1.188 funcionários (993 ativos e 195 inativos). Em atestados, no âmbito do quadro funcional, o valor de horas (com reflexos) alcança R$ 1.355.109.

Helen atentou para outros aspectos, como a evolução do número de veículos parados e o fato de caminhões e outros modelos demandarem oficina, haja vista a citada antiguidade da frota. Como consequência, só em 2021, o custeio de manutenção está na casa de R$ 1.566.850.

A gestora da Codeca se comprometeu com o que chamou de desafios, tais como: tornar a empresa superavitária e rentável; renovar máquinas, veículos, equipamentos e tecnologias; inovar os processos internos com ganhos de eficácia; garantir a estabilidade de um modelo de gestão profissional e inovador.

Dados da companhia indicam um faturamento anual de R$ 109.418.229, cuja atuação fica dividida assim: na usina de asfalto, até 80 toneladas de asfalto/hora; 1.100 toneladas/mês de remendos e tapa-buracos; três milhões de metros quadrados/mês de capina; 12.320 quadras/mês de varrição; 1.540 toneladas/mês de resíduos seletivos; 7.920 toneladas/mês de resíduos orgânicos; 154.000 quilômetros/mês de viagens para coleta.

Diversos secretários da Administração Municipal, vereadores e outros líderes sindicais compartilharam das preocupações com a situação da Codeca.

Além do vereador-presidente Gilfredo De Camillis/PSB, fazem parte da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária os vereadores Clóvis de Oliveira/PTB, Estela Balardin/PT, Gladis Frizzo/MDB e Zé Dambrós/PSB.

Foto: Tales Armiliato