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segunda-feira, maio 23, 2011

Atlético Paranaense lidera ranking financeiro do país

Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR

O Atlético-PR foi a agremiação brasileira com o melhor desempenho financeiro do futebol nacional ao longo de 2010 e leva o título de "Melhor Clube do País" do ranking (AQUI) realizado pelo jornal Brasil Econômico.

O trabalho tem como base as demonstrações financeiras dos 20 times que disputam a Séria A do Campeonato Brasileiro deste ano.

Para chegar ao resultado, foi utilizado oito critérios que demonstram a eficiência dos clubes para manter a saúde financeira da agremiação ao longo da temporada aliando também ao desempenho do time dentro de campo.

São eles: receita, ativo total, endividamento geral, patrimônio líquido, superávit do futebol, custo por gol, custo por vitória e custo por ponto ganho.

Cada critério teve a pontuação máxima de 20 pontos sendo atribuída na ordem decrescente até 1 ponto de acordo com o desempenho dos clubes em cada quesito.

Como base para os critérios que avaliam o custo dos times de acordo com o desempenho dentro de campo, foram utilizados apenas os pontos, gols e vitórias do Campeonato Brasileiro de 2010 por ser o único torneio em que todos os times jogam o mesmo número de partidas e com o mesmo grau de dificuldade.

"É uma iniciativa que dá uma maior exposição à situação financeira dos times brasileiros, que por muitos anos sempre foi uma incógnita para todos", afirma Stephen Kanitz.

O Atlético Paranaense obteve o primeiro lugar ao somar 143 pontos de um total de 160 dentro dos oito critérios selecionados.

Na vice-liderança do ranking empataram Atlético Mineiro e Corinthians com 133 pontos. Entretanto, o primeiro critério de desempate é o de custo por vitória, no qual o clube mineiro levou vantagem sobre o paulista.

Falta de transparência

Apesar da divulgação dos balanços ser obrigatória há cinco anos, quatro clubes brasileiros não disponibilizaram suas demonstrações financeiras em seus sites e nem atenderam às solicitações do Brasil Econômico: Botafogo-RJ, Coritiba-PR, Ceará-CE e América-Mineira.

Pela falta de transparência, esses times ficaram com as últimas posições no ranking e não aparecem na tabela com os resultados.

Outros dois times, Bahia-BA e Atlético Goianiense divulgaram balanços incompletos e não tiveram notas nos quesitos referentes às informações que não estavam no documento.

Pioneirismo

A iniciativa do jornal Brasil Econômico ocorre em um momento em que as agremiações do futebol brasileiro começam a profissionalizar seus modelos de gestão e a diversificar suas fontes de receita com melhores ações de marketing.

Além disso, visa dar uma maior visibilidade à real situação dos times nacionais e a maneira como os recursos são utilizados por seus administradores.

Vale lembrar também que a perspectiva para os próximos anos é positiva levando em consideração a inserção do país no cenário esportivo com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.

"O resultado é que o futebol brasileiro ainda é pouco profissional mas a tendência é que a situação melhore nos próximos anos", avalia Kanitz. Fonte

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