A revista-laboratório da turma de Mídia Impressa da Universidade de Caxias do Sul, deste segundo semestre de 2011 é sobre os escoteiros. O impresso vai ter uma tiragem de 250 exemplares se chama Sempre Alerta.
A matéria que produzi está na contracapa, com uma entrevista especial com o Chefe Branco, que em 2012 completa 35 anos no movimento escoteiros Moacara de Caxias do Sul.
Confira a matéria na íntegra:
"Aprender e fazer”. Com este lema, o grupo escoteiro Moacara, de Caxias do Sul, fundado por Ismar Bauler, completa 45 anos no dia 15 de junho de 2012. O escotista Paulo Roberto Teixeira Branco, 60, conhecido como chefe Branco, que participa deste grupo há quase 35 anos, é uma referência para os jovens.
O chefe Branco dedica uma vida de muito trabalho e sonhos ao maior mo-vimento de jovens do mundo. Branco atualmente é o chefe da Tropa Escoteira Masculina Ismar Bauler. Sempre pensando no coletivo, ele exerceu funções e atividades de relevância no movimento. “A gente passou pela alcateia, pioneiro, guias e sênior. A atividade que mais me marcou foi ser chefe do grupo escoteiro Moacara.”
A atividade dedicada aos jovens por mais de 30 anos é reconhecida pelo carinho e respeito dos colegas do grupo Moacara ao cumprimentarem Paulo Branco durante a entrevista. “Eu gosto do que faço e isso faz parte do meu sangue, trabalhar com o movimento dos escoteiros”, comenta Branco.
Segundo ele, a história de vida dele com os escoteiros vem de longa data. “Eu não tive a oportunidade de ser escoteiro quando era jovem. E aos 26 anos entrei no grupo Moacara para realizar esse sonho de muito tempo. “Era tudo aquilo que eu imaginava de bom para mim, para a minha família e para os jovens que já passaram por nós.”
Branco relata que tudo que ele aprendeu na vida é por causa do movimento Moacara. “Aprendi a disciplina, o respeito, a amar e a fazer todas as coisas que eu faço. Nestes anos todos, o movimento fez eu crescer como cidadão e como irmão dos demais irmãos do grupo escoteiro.”
A família sempre esteve ao lado do Paulo Branco nos escoteiros. “A minha esposa participa comigo até hoje (Neudes, 69, é a atual secretária do Moacara)”. Dos quatro filhos, três (Ricardo, 37, Guilherme, 28, e Simone, 33) passaram pelo grupo. “Foram lobinhos, escoteiros, seniores (Ricardo e Guilherme) e guia (Simone). Eles cresceram aqui dentro”, informa Branco.
O chefe Branco, que completou 34 anos no grupo Moacara em março de 2011, admitiu que pensou em sair dos escoteiros. “Já pensei, mas nunca pude deixar. Porque cada vez que a gente pensa em deixar, parece que as coisas prendem a gente, porque o movimento é tão grande, é tão emocionante. É você estar acampado no mato, olhando os animais, a natureza, é você estar cuidando de tudo daquilo que Deus projetou para nós”, explica.
Os escoteiros realizam inúmeras ações em todo o Estado e até no exterior. Branco destaca as viagens do grupo para Curitiba. “São muitas histórias que teríamos de ter dias para contar, mas sempre são coisas boas que nos marcaram.”
Branco acredita que as atividades ao ar livre são importantes no escotismo por causa do aprendizado ambiental. “A gente aprende a fazer comida na madeira, aprende a respeitar a natureza, aprende a cuidar dos bichos’’.
A estrutura da sede do Grupo Moacara, localizada no Parque da Festa da Uva, é grande, com muita natureza e espaço físico para a realização de atividades. Segundo o chefe Branco, atualmente o grupo Moacara conta com cerca de 400 jovens. “Fora o número de chefes. No movimento escoteiro a gente não trabalha esperando o ganho (financeiro), e sim dar aquilo que a gente tem de melhor em nossa mente e em nosso coração”, conta.
De acordo com Branco, apesar da grande quantidade de jovens no movimento, eles gostariam que o número fosse maior. “Principalmente em Caxias. Há muitos jovens ‘perdidos’ em nossa cidade, outros que não têm conhecimento sobre o movimento escoteiro e os que gostariam de estar aqui”.
O chefe Branco admite que existe uma dificuldade financeira muito grande, e eles sempre esperam a ajuda da população. “Ajudar todos os grupos de Caxias e não apenas o Moacara, porque todos os grupos têm a sua dificuldade.”
O escotista Paulo Branco acredita que tudo que ele ganhou nestes 34 anos no Moacara foi merecido pelo trabalho desenvolvido em grupo. “Fico agradecido com o Moacara por ter me dado as condições de trabalho.” Conforme Branco, ele está realizado no movimento. “Aqui eu sempre encontrei as boas amizades’’.
O grupo de escoteiros “é um movimento que sempre vem do bem”, afirma. Ele conta que espera cada vez mais dos jovens. “A gente sabe que o futuro deles é diferenciado dos outros jovens que não conhecem o movimento”, destaca.
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