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sexta-feira, janeiro 17, 2014

Presidente Dilma deverá ir à Fifa para acertar os ponteiros com Blatter

Foto: Andre Penner/AP

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deverão se reunir em Zurique, na semana que vem, na tentativa de colocar um ponto final em todas as crises entre o governo e a entidade, além de montar um esquema de trabalho para garantir que todas as obras estejam concluídas antes da Copa do Mundo, que começa em menos de cinco meses.

O encontro está sendo mantido em sigilo pelas duas partes, mas uma importante autoridade do governo brasileiro confirmou que ele ocorrerá na quinta-feira, na sede da Fifa. Será a primeira visita da presidente ao local desde o início de seu mandato, em janeiro de 2011. Um dia antes, Dilma deverá inaugurar a Arena das Dunas, em Natal, um dos seis estádios da Copa que ainda não foram entregues. A demora na conclusão dos trabalhos, aliás, é um dos pontos de desgaste entre as partes.

Além de servir para acertar os ponteiros entre o país-sede e a Fifa, a agenda do encontro deve ser marcada por dois grandes assuntos: a reta final das obras e a tentativa de impedir que os protestos previstos para o período da Copa acabem afetando os jogos da competição. Na Fifa, o temor em relação aos protestos já chega a ser maior do que a preocupação com a entrega dos estádios atrasados.

Blatter quer garantias de que o governo vai colocar nas ruas um dispositivo de segurança grande o bastante para impedir que a Copa seja prejudicada pelas manifestações nas ruas. O encontro também vai ser usado tanto pelo governo como pela Fifa para tentar sinalizar às federações nacionais, aos patrocinadores do evento e ao público em geral que não há crise entre o Brasil e a entidade, ainda que nos bastidores os sinais de atrito sejam bastante nítidos.

Há duas semanas, Blatter criticou abertamente a preparação do Brasil para a Copa, afirmando que nunca havia visto um país tão atrasado nas obras. Uma semana depois, foi a vez de o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, alertar que não haverá tempo suficiente para testar os estádios de maneira adequada. Seis deles vão ser entregues fora do prazo estabelecido pela entidade.

O chefão da Fifa disse nesta semana que "passou a bola" para Dilma e que ficou "muito satisfeito" ao notar que as autoridades brasileiras entenderam o recado. A partir de agora, a Fifa deverá recorrer aos números da venda de ingressos para mostrar a todos que não há risco de a Copa fracassar. Os pedidos de entradas já superam a marca de nove milhões. A expectativa da entidade é de que a marca de 10 milhões de solicitações de bilhetes seja alcançada, algo inédito na história das Copas. Fonte

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