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segunda-feira, junho 07, 2010

O Senhor no Ar: Informar para bem formar

A imprensa é um meio de divulgação e de prestação de serviço, salienta o jornalista Tales Armiliato. As religiões possuem um espaço nos meios de comunicação e deve ser utilizado de uma forma imparcial e com responsabilidade. “A sociedade ganha com a aplicação sim de uma imprensa que tenha responsabilidades, indiferente de religião. A igreja católica não precisa ‘rezar’ o dia inteira.” explica. Os meios de comunicação também precisam cumprir o que a legislação determina “É comunicar com responsabilidade” e como costuma dizer “informar para bem formar”, diz Tales.

Tales Giovani Armiliato, 30 anos, é jornalista formado na UCS, repórter e apresentador da Rádio São Francisco SAT e RedeSul de Rádio desde 1998. Natural de Campestre da Serra (RS), teve atuações na Rádio Fátima de Vacaria (RS) e Rede Maisnova FM. Ele foi correspondente da Rede Gaúcha SAT, jornal Correio do Povo, Rádio Guaíba AM, Rede Vida de Televisão e teve uma passagem pela Rádio Vaticano (Cidade do Vaticano).

Segundo o jornalista, fez um período de estudos e estágio na Itália por três meses, na Rádio Vaticano e acompanhou neste período celebrações realizada pelo Papa Bento XVI. Tales acompanhado de outros jornalistas brasileiros apresentou dois programas continentais retransmitidos via satélite para os países de língua portuguesa, entre eles, o Brasil, Portugal e alguns países da África. “Uma experiência única e de grande responsabilidade, afinal acompanhar o chefe da Igreja Católica no Mundo não é uma coisa tão simples assim. Sem dúvida, o maior desafio que tive.”

Tales salienta que em qualquer meio de comunicação, o jornalista é um “contador de histórias”, mas que deve ter atenção e cautela, e muita responsabilidade. “Aprendi muito. Estive ao lado de grandes jornalistas consagrados na Europa. Fiz grandes amigos para a vida. Venci um grande desafio.” relembra.

O jornalista informa que acompanhava o dia-a-dia das informações do Vaticano e do próprio Papa Bento XVI, e diz que ficou disponível a todos os veículos de comunicação.
“Tive acesso a todos os locais do Vaticano e da própria TV do Vaticano. Além de fechar matérias para os programas da Rádio Vaticano (Sessão Brasileira), escrevia para o site da emissora.”

De acordo com Tales, os veículos de comunicação da Itália são parecidos, com os do Brasil. A Rádio Vaticano possui uma programação segmentada no jornalismo, esporte e com momentos religiosos. “Em Caxias do Sul, a Rádio São Francisco SAT também faz um pouco isso, incluindo ainda programas mais populares e musicais. Mas cada caso é um caso.” explica.

Conforme o jornalista, é importante salientar que acontecem algumas diferenças da grade de programação do Brasil, com a da Itália, devido a segmentação e proposta dos meios de comunicação. “Elas se devem não a questão editorial e sim na segmentação e proposta de programação a atingir determinado público.” salienta Tales.

O interesse de Tales Armiliato pela comunicação e religião, começou desde jovem quando participava em ações de pastorais religiosas da Igreja Católica. “Fui um dos fundadores da Equipe de Comunicação da Diocese de Vacaria da Pastoral da Juventude em meados dos anos 90.” relembra. “Criamos um jornal que atualmente circula entre os mais de 20 municípios (paróquias), que formam a Diocese de Vacaria.” complementa sobre o impresso, que divulga os trabalhos de grupos de jovens e continua até hoje.

De acordo com o jornalista, o importante é os meios de comunicação ter a noção de não misturar a religião com a função profissional desenvolvida. “Isso precisa de atenção. Comunicação se faz, indiferente de qual for a religião.”, argumenta Tales que acredita que os meios de comunicação católicos da cidade realiza um bom trabalho. “É preciso estar atualizado a cada momento. Por isso, existem pontos que precisam ser melhorados.” diz.

Segundo Tales, não é a religião que afasta ou aproxima as pessoas dos veículos de comunicação. “É a responsabilidade do meio de comunicação (que essa “emissora” ou veículo vai proporcionar de bom e educativo) para que o ouvinte escolha sua programação”, afirma. “A organização é essencial para um bom jornalismo e quando o assunto são redes de comunicação, é preciso um esforço muito grande.” explica. No Brasil, existem mais de 200 emissoras que estão juntas e unidas à Rede Católica de Rádio, informa Tales Armiliato.

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Na quarta parte do especial; O Senhor no Ar: A voz da nossa gente, a história da Rádio São Francsico AM, contada pelo comunicador frei Renato Zanolla.

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Confira:

O Senhor no Ar
Parte 1: Apresentação
Parte 2: O pioneiro de Caxias do Sul (entrevista com o frei Aldo Colombo)
Parte 4: A voz da nossa gente (entrevista com o frei Renato Zanolla)
Parte 5: A fé em primeiro lugar (entrevista com o locutor Júlio César)
Parte 6: A pregação no ar (entrevista com o pastor Jorge Rodrigues)
Parte 7: Uma nova mentalidade em comunicação (entrevista com a jornalista Aline Bof)
Parte 8: A evangelização se faz na igreja (entrevista com o locutor Fernando Machado)
Parte 9: Pagando para crer (entrevista com Chirlei Leite)

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